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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Os riscos da automedicação


Ingestão de medicamentos sem indicação médica é uma das principais causas de internação no país


A automedicação é um sério em diversos países, entre eles o Brasil. Conforme a Organização Mundial da Saúde – OMS, o percentual de internações hospitalares ocasionadas por reações ao mau uso de medicamento é superior a 10%. No Brasil, 80 milhões de pessoas têm o hábito de se automedicar, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas – Abifarma. Outro número surpreendente foi dado pelo Centro de Assistência Toxicológica da Universidade de São Paulo – Ceatox-USP, 40% das internações por intoxicação são provocadas também pelo uso indiscriminado de remédios.

Um exemplo bastante comum é a ingestão frequente de medicação principalmente para dores de cabeça e febre. Algumas substâncias usadas em analgésicos e antitérmicos, com ação anticoagulante, podem gerar hemorragias internas e afetar o estômago. Segundo Paulo Celso dos Santos Moreira, cardiologista e presidente da Regional de Marília da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – Socesp, outra medicação frequentemente tomada sem orientação médica são os diuréticos, que podem levar a graves complicações como desidratações, hipotensão, hipopotassemia e arritmias.

Combinar dois ou mais medicamentos sem orientação médica ou alterar as doses previamente estabelecidas, por conta própria, também podem causar sérios problemas. Um exemplo são os remédios para emagrecer combinados a antidepressivos, que provocam cardiopatias. Outras drogas, se tomadas com doses aumentadas, alteram a pressão e elevam o risco de infarto.

O dr. Paulo Celso relata que, na prática clínica, é bastante comum o uso abusivo e contínuo de anti-inflamatórios não hormonais, que aliviam a dor e a inflamação, porém acarretam inúmeros danos à saúde e ao tratamento.

“A maioria de nossos remédios pode matar se usados de forma inadequada ou excessiva. Um exemplo disso é a medicação usada para aumentar o poder de contração do músculo cardíaco, os digitálicos. A intoxicação leva o paciente a anorexia crescente, seguida de náuseas e vômitos. Posteriormente, aumentam as arritmias cardíacas de maior complexidade, até as potencialmente fatais”, adverte o especialista.

Uma solução para reduzir os riscos da automedicação seria um maior rigor na venda destas substâncias, com retenção das receitas nas farmácias, sugere dr. Paulo Celso. “Entretanto, a maioria dos medicamentos é vendida livremente, sem nem precisar de prescrição médica”.

Fonte: Abn News

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