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sexta-feira, 19 de março de 2010

Governo diz que e-mails sobre vacina contra gripe suína servem "apenas para provocar pânico"


Mensagens na internet pedem que população não tome a dose


O Ministério da Saúde divulgou uma nota nesta quarta-feira (16) para rebater os boatos que circulam na internet sobre os supostos perigos da vacina contra a gripe A (H1N1), conhecida como suína, que está sendo aplicada no Brasil desde o último dia 8. O governo diz que "a vacina é eficaz, segura e protege a população".

Na realidade, esses e-mails são difundidos na rede desde o ano passado, quando a população do hemisfério Norte começou a ser vacinada contra a doença – nos Estados Unidos, por exemplo, o processo começou em outubro e até agora não há registros de ocorrências graves causadas pelos compostos.

As mensagens falam principalmente sobre a presença de mercúrio na vacina. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa substância é muito usada no processo de fabricação desses produtos como forma de conservante, para evitar contaminações. Mas, segundo a instituição, a quantidade é pequena e não representa perigo para a população, incluindo crianças, grávidas e idosos.

O governo brasileiro diz que os e-mails que aconselham as pessoas a não se vacinar são "prejudiciais à saúde pública do país" e "tratam de especulações".

– O fato é que mais de 300 milhões de pessoas já foram vacinadas com esta vacina no hemisfério Norte, sem qualquer efeito colateral grave.

Na nota, o ministério afirma que "e-mails e boatos irresponsáveis como esses ocorrem em todas as campanhas realizadas pelo mundo" e que as mensagens "servem apenas para provocar pânico na sociedade".

– Fato semelhante ocorreu no Brasil durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Rubéola. Naquela época, circularam na internet boatos de que, ao invés de imunizar a população, o governo brasileiro pretendia esterilizar as pessoas em idade reprodutiva para fazer controle de natalidade. Mas, felizmente, a campanha foi um sucesso e o Brasil está prestes a receber o certificado de país livre da rubéola e da síndrome da rubéola congênita. Graças às campanhas de imunização, o Brasil também está livre da poliomielite e da varíola.

Especialistas consultados pelo R7 dizem que, de fato, a vacina contra a gripe suína apresenta boa margem de segurança. Um dos motivos para isso é que o novo produto foi feito de um modo similar ao que já é usado na vacina contra a gripe comum. Nancy Bellei, infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse na semana passada que inclusive os efeitos colaterais são pequenos. Ela diz que de 1% a 10% das pessoas podem apresentar dor no local da aplicação ou sintomas mais intensos como febre e mal estar nas primeiras horas.

André Villela Lomar, infectologista do hospital Albert Einstein, diz que tomou a vacina durante uma viagem aos Estados Unidos (lá o produto é vendido em farmácias). O médico diz que a experiência dos países do hemisfério Norte mostra que só há benefícios em receber a dose.

– Ainda há um certo preconceito contra as vacinas, por conta de problemas que existiram no passado. Ficar sem a vacina é sempre pior, a pessoa fica mais doente. Essas doses para gripe suína foram bem testadas e melhoraram muito a situação nos países em que elas foram aplicadas. Lá praticamente não houve surtos e a expectativa é que aqui também não haja. Deve haver alguns casos, mas não tão graves.

Devem evitar a dose pessoas que têm alergia à proteína do ovo, que é usado no processo de fabricação da vacina.

Fonte : R7

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