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segunda-feira, 29 de março de 2010

Pessoas diagnoticadas com tuberculose devem fazer teste de HIV


Imunidade baixa torna paciente soropositivo mais suscetível a contrair a doença


A tuberculose pode ser um sinal da presença de outras doenças, como a AIDS. Por isso, todo paciente diagnosticado com tuberculose deve realizar exames que detectem o vírus HIV. A Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.bpsp.org.br) alertou para a importância do tema durante o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que ocorreu no dia 24 de março.

O indivíduo soropositivo, por sofrer de imunodeficiência, corre maior risco de contrair doenças infectocontagiosas, como a tuberculose."Como a imunidade do paciente soropositivo é mais baixa, ele está mais suscetível a ter a tuberculose", explica Dra. Camila Delfino, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. A importância na investigação e descoberta do HIV se dá não só para acompanhamento adequado, mas também para que o indivíduo contaminado tome as precauções necessárias para evitar a transmissão do vírus.

De acordo com informações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, do Ministério da Saúde, 18,3% das pessoas diagnosticadas como soropositivas estão com tuberculose no momento da notificação e 20,8% dos indivíduos notificados com tuberculose são portadores do HIV. "Pacientes que tenham as duas doenças devem seguir o tratamento com ainda mais rigor, pois, segundo o Ministério da Saúde, a tuberculose é uma das principais causas de morte de pacientes com o vírus HIV", relata a médica.

Causada por micobactérias, o diagnóstico da tuberculose não é caro e nem complexo. Tosse por mais de duas semanas, perda de peso, sudorese noturna e febre prolongada são os principais sintomas da tuberculose. O diagnóstico pode ser realizado com apenas raios-x de tórax, após consulta com clínico geral, infectologista ou pneumologista. "Por conta da tosse, também é comum que o médico investigue a bactéria no escarro. Dependendo do caso, o especialista pode solicitar outros exames. No entanto, a investigação é simples", explica a infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Tuberculose não deve ter tratamento interrompido

O tratamento da tuberculose é simples e depende especialmente da disciplina do paciente em tomar a medicação corretamente. Os números do Ministério da Saúde alertam para a quantidade de casos de tuberculose no Brasil. São em média 90 mil casos por ano e 6 mil óbitos gerados pela doença.

A cura da tuberculose pode ser alcançada com a simples administração de comprimidos durante cerca de seis meses de tratamento, aliada ao acompanhamento médico para avaliar as respostas do organismo aos medicamentos. "Alertamos para a importância de um tratamento ininterrupto mesmo que o paciente sinta redução dos sintomas nas primeiras semanas. Muitos interrompem o tratamento e se tornam vulneráveis a sérias consequências geradas pelo desenvolvimento da doença", alerta a infectologista. Além do doente transmitir a tuberculose, o tratamento irregular favorece outras complicações, como, por exemplo, fibrose pulmonar.

Fonte: Abn News

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